Wednesday, September 19, 2007

Público X Privado

A diferença entre Empresa Pública e Empresa Privada é que a Empresa Privada faz "Operação Padrão" todos os dias, por questões de qualidade, eficiência, cobrança e coerência.
 
A Empresa Pública só faz quando está em estado de greve.
 
Interessante.
 
 

Friday, March 23, 2007

Sobre a Consciênia - Estado

A consciência é a janela pela qual vislumbramos a existência.

Wednesday, February 07, 2007

Cumpra-se - I

Como é que uma história pode ser contada, se registros escritos sobre ela não são encontrados. Como se pode investigar o passado e as conseqüências ao presente e ao futuro sem que documentos nos suportem nesta tarefa.

 

Temos hoje uma mídia promiscua, conduzida por interesses os mais diversos, período onde a transparência e a imparcialidade simplesmente não existem. Vivemos o império da mídia. O 4º Poder.

 

Quero deixar escritos e registrados alguns pensamentos e avaliações onde a única responsabilidade que tenho é comigo mesmo.

 

Sou um entre bilhões, de passagem. Segundo Einstein tudo acontece e somente acontece mediante um observador. Pois eu sou um observador, e assim sendo fiz com que as coisas acontecessem, e pretendo descrever muitas delas.

 

Nós estamos aqui por um átimo, parece que isso não incomoda muita gente, mas não é assim comigo. Embora acredite estar plenamente ciente disso, e aceitar este fato como irreversível, e até mais, aceitar com naturalidade, sem temor, incomoda-me o fato de não pensar sobre isso, embora nada possa resolver. Precederam-me mentes brilhantes, que certamente dedicaram tempo incomum à compreensão destes fatores, sem chegar a respostas eficientes.

 

Isto tudo é muito instigante para mim. Gostaria de reservar mais tempo no desvendar dos mistérios, mas a vida nos consome, dia-a-dia, com questões cotidianas. Matrix, segundo alguns.

 

Mas de que adianta me desprender da Matrix, se tenho pessoas junto comigo, que dependem, na sua sobrevivência, de mim. Filhos, por exemplo. Não dá. Temos de mergulhar no contexto e dançar conforme a música. Que fim pouco nobre para uma espécie única.

 

Como disse antes, não sou um estudioso de ciências físicas, ou biológicas, nem tampouco filosofia, mas presto muita atenção. Da leitura eclética emergem pensamentos intrigantes e justamente por não me ater a uma única explicação é que acredito estar situado em algum cume, de onde posso vislumbrar as nuances do relevo como poucos.

 

Sigo o caminho contrário do especialista, que diz a brincadeira, quer saber mais, de um campo menor, tendo seu objetivo centrado em saber tudo de quase nada. É hilário, mas é o que vivemos.

 

Dia destes fiz um paralelo entre Einstein e uma piada de um sujeito que se havia salvo de um naufrágio juntamente com uma estrela de Hollywood. Tendo passado alguns meses de insistência dele, ela cedeu, fizeram sexo todo dia durante outros tantos meses. Até que um dia ele estava acabrunhado e ela disposta a satisfazer todos os seus desejos, lhe disse para conter-lhe o que desejava. Ele então a mandou vestir roupas masculinas e circundar a ilha por um lado enquanto ele fazia o caminho inverso. Ao se encontrarem do outro lado ele lhe diz: “—Cara, você não sabe com quem eu estou transando!!!”

 

Moral da História: Do que adianta transar com uma estrela de Hollywood se não tem ninguém a quem se possa contar.

 

Tirando o mau gosto da piada, a conclusão pode ser lavada para a interpretação de outros fenômenos. Esta piada materializa de forma jocosa a teoria de Einstein.

 

Agora, e se Deus, que como criador, que ao que parece indubitavelmente o é, após criar o mundo, resolve criar uma espécie – a única, capaz de passar a vida inteira, o átimo que me refira acima, pensando em que ser maravilhoso é este, que criou tudo isso. Como se dissesse, “de que adianta criar o mundo, esta maravilha, e não ter ninguém para admirar.

 

Loucura, insanidade, ou uma possibilidade? Seriamos os “observadores”. Por isso “Deus existe em nós”. Será??

 

Muitos outros pensam já no seguinte, “Se Deus criou o mundo, algo lhe faltava, portanto não pode ser Deus....”

 

Como antes escrevi, Deus deve mesmo ser o criador, se por isso deixa de ser Deus, não sei. Mas não precisa ser o Deus cuja força é superior a tudo, onipresente e onipotente. Por que Deus tem de ser assim? Não precisa ser desta forma.

 

Até porque uma coisa é criar, outra é manter-se presente. O Livre-Arbítrio pode não ser mais que um subterfúgio que as religiões criaram para explicar a “ausência” de Deus.

 

Dizem os ateus convictos: “Como pode existir Deus perante tanta iniqüidade??”

 

Ao meu ver estão certos no seu raciocínio e até mesmo na sua revolta. Mas não em negar Deus, e sim Lhe atribuir uma tarefa que não Lhe compete, ou que pode não lhe competir.

 


Fazemos o que parece certo e seguimos instintos muito mais do que pensamos.

 

Como é difícil entender e mensurar todas as influências que sofremos, como é difícil discernir o mundo a nossa volta e o jogo de interesses, pois mergulhamos nas nossas atividades e naquilo que acreditamos estar certo e apenas seguimos em frente.

 

Se as coisas não dão certo é que paramos para reavaliar.

 

Esta semana, eu tive a oportunidade de realizar uma reunião interessante onde não existia uma  pauta definida, apenas quatro homens de negócio, discutindo as mazelas existentes e quais as verdadeiras oportunidades que se apresentavam.

 

Sobre as questões políticas envolvidas. Questões que afetam a todos nós. Um país governado por uma corja de corruptos, um povo que não tem instrução, um povo com uma índole discutível. Sim, chega desta bobagem de politicamente correto. O único compromisso que tenho com este texto é a profundidade e não a encenação.

 

A constituição e os valores morais do povo brasileiro criaram um monstro. Nosso povo é ignorante, vaidoso, falso. Para parar por aí. Como pode algo funcionar e se ver uma perspectiva de futuro. Eu acredito que em menos de 500 anos o Brasil não será uma nação.

 

Bem, mas neste contexto é que estamos inseridos. Nós, nossos filhos, nossos negócios – nossa sobrevivência.

 

Nesta reunião discutíamos um pouco de tudo isso.

 

Discutíamos nossa dificuldade em tornar realidade nossos negócios, o por quê nossos planos de negócio viravam peças de ficção por mais que nos esforçássemos em sermos realistas. Será que somos todos despreparados para executar as funções que nos propomos ou existe algo mais?

 

Dos quatro, o único com menos de 50 anos era eu. (40). Todos passaram por grandes empresas, vivenciaram negócios de alta magnitude, viajaram, pelo Brasil e exterior. Não pode-se simplesmente supor que tratam-se de inexperientes.

 

Poucas conclusões se apresentaram. Algumas opiniões diziam que crescemos apenas enxergando nossos umbigos. Voltamos nossos negócios para o Brasil. Concluísse disso que o problema está no mercado e não em nossas ações. Será?

 

Pobres sonhadores. Projetamos e criamos complexas soluções para um mercado que não as compra.

 

Mas já sabíamos isso. No fundo acredito que sabíamos isso. Mas seguimos o caminho mais fácil, aquele que se apresentava a frente. Esperando que ao percorrê-lo ele pudesse levar a outro destino. Contávamos com a sorte. Mas este raciocínio não  está completamente errado. Procurávamos o fortalecimento no mercado interno para aí alçar vôo em outros mercados.

Ou simplesmente procuramos oportunidades, e aquelas que nos pareciam viáveis, embarcávamos.

 

N fatores podem não ter nos ajudado. Economia, aristocracia... Aristocracia?! Sim. Vivemos numa sociedade em que princípios oligárquicos ainda a dominam. Um sobrenome conhecido abra mil e uma portas. Não temos isso a nosso favor.

 

Todos os quatro que conversavam eram empreendedores. Todos com o espírito que ama a conquista meritória. Todos largaram bons empregos, em que atuavam sobre guarda-chuvas largos e impenetráveis, ou de multinacionais ou de empresas da oligarquia. Colaboradores.

 

No momento que optamos por sair de baixo desta proteção tivemos que enfrentar todo o tipo de intempéries que o mundo reserva aos que não se resignam.

 

Jamais vou esquecer os primeiros passos que dei fora desta proteção e toda a sorte de críticas que sobrevieram.

 

E tenho de ouvir ainda. Daqueles que sob a proteção se arrogam o direito de analisar o que existe do lado de fora. Eles não sabem. Nem o que existe do lado de fora e nem do lado de dentro.

 

Só de fora se enxerga o que há dentro.

 

Bem, mas de que adianta poder entender estas diferenças mas ficar exposto a todas estas dificuldades. Eis a principal questão. Hoje eu me pergunto se vale a pena.

 

Os caminhos foram escolhidos. Nesta discussão que travávamos pairava um ar de pessimismo velado, nós falávamos em soluções para as situações presentes mas dava para perceber um ar de aborrecimento e até de resignação.

 

Com o tempo as pessoas vão formando convicções e é muito difícil depois de um certo tempo abrir mão delas ou mesmo questioná-las.  Dá para perceber, desde que haja alguma convivência, as pessoas que fazem uma verdadeira autocrítica e aquelas que buscam em teses as justificativas para suas convicções. Não há culpa, é um processo muito difícil e doloroso.

 

Acredito que a forma de evitar os efeitos danosos destas convicções é de vez em quando refletir e até mesmo contestá-las.

 

Mas isso não é fácil. É como manter uma ferida sem deixar que cicatrize. Mais uma vez, não é o caminho mais fácil.

 

As convicções podem ser para o espírito o que a  morte representa para o corpo físico. Explico. Uma nova vida, seja em que nível for, é uma contraposição a lei natural do menor esforço. É contrário a lei da entropia. É a organização ao extremo. Mas que de um ponto em diante entra num processo de decrepitude que a leva a morte, a extinção da vida, à posse novamente da ordem entrópica e anti-vital.

Não nascemos com convicções. Vamo-las formando vida afora. A medida que as temos, o mecanismo anárquico que gerou a vida, e que caiu na armadilha de prender-se a convicções, começa a exaurir-se.

 

São as forças naturais reconduzindo as águas aos seus leitos originais.

 

E como as pessoas desejam morrer. Pobre daquele que é cheio de convicções. Ou feliz. Pois não as contesta. Não sofre.

 

Voltando a nossa discussão, foi claro o confronto entre convicções e dúvidas. Sempre que as convicções são colocadas à prova o homem se fragiliza. O que ninguém quer.

 

Sem as convicções, não há fundações. Não há base para formação no mundo ideal de planos, de idéias, que vão gerar objetos, teses, novas ilusões no mundo físico e natural. O mundo ideal existe. Dele nasce o mundo palpável. Platão já afirmava isso.

 

É pois como um jogo. Em que participamos, sabendo que ele existe ou não.

 

Há o equilíbrio, entre não convicções e certezas. A Verdade está no meio termo.

 

 

18/12/2005

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Palavras Fora do Vento I

Tenho medo de escrever o que provavelmente vou escrever. Existe um sábio ditado que diz: “Sou senhor do meu silêncio e escravo das minhas palavras.” Este ditado se refere a palavras pronunciadas, ditas, mas provavelmente não se refere a palavras escritas, e estas são mais sérias, porque não são etéreas como a nossa voz, que são captadas num momento ou nunca mais. As palavras escritas são perenes.

 

O parágrafo anterior tem muito a ver com o que se passa na minha mente neste instante e em tantos outros, quase que a me martelar.

 

Refiro-me aos assuntos sagrados. A Bíblia, a Jesus Cristo, a Igreja Católica e a Deus.

 

Existem muitas coisas que não consigo aceitar, mas temente das conseqüências procuro abafar. As idiossincrasias, as incoerências que nosso mundo e a humanidade enfrentam. Os dogmas entregues como produtos prontos na prateleira do supermercado. Cadê a nossa capacidade de raciocínio e de inquirição? Como pode um dogma ser uma resposta aceitável?

 

Como seriam vistos Jesus Cristo e seus feitos hoje?  O que o Conselho de Medicina diria, o Clero, a Polícia, a Política. O que diria o Padre Quevedo? Podemos imaginar: “Isso no eqziste!!” E a imprensa produziria dezenas de matérias sensacionalistas até o público cansar e perder o interesse. Pronto, Jesus na vala comum.

 

Um Jesus Comunista. Linda ironia. Os norte-americanos seriam os primeiros a escachar o Cristo.

 

Não devo ser o primeiro a dizer, mas certamente acabaria preso. Quantos possíveis Jesus podem estar presos neste momento? Sim, porque o único destino de alguém com as características de Jesus hoje seria a prisão ou um manicômio. Seria Crucificado, não de fato talvez, mas simbolicamente.

 

Agora imagine uma Bíblia “ficcional” escrita nos dias de hoje por um J.J. Benitez, Dan Brown ou outro romancista qualquer, que julgamento seria feito? Vamos imaginar que somente o Novo Testamento fosse escrito atualmente, como seria encarado?

 

Agora gostaria de propor um pequeno exercício: Procure lembrar de algum momento especial na sua vida. Alguma reunião que tenha presenciado, uma palestra importante e tente lembrar em detalhes o que aconteceu. Se possível, palavra por palavra. Tente encarnar um Érico Veríssimo e lembrar todos os detalhes. Ah, procure um fato de 10 ou 15 anos atrás.

 

Difícil?! É... é muito difícil. Mas foi isso que os apóstolos prodígios fizeram. Este é um verdadeiro milagre. Retratar fatos e mesmo sermões ouvidos há vários anos atrás com fidelidade absoluta. Ou isso – o milagre – ou a segunda profissão mais antiga da humanidade é a de Taquigrafista e isso nos foi revelado nas entrelinhas.

 

 

25/12/2005